Eu escolho você!

Eu escolho você porque, entre toda essa gente que já me olhou rápido demais, você parou para me ver de perto. Você deu tempo pra gente se gostar exatamente do jeito que a gente é, sem o menor espaço pra idealizações e gessos. 

E era exatamente disso que eu precisava: um parceiro, um amigo, um companheiro e, consequentemente, um amor. Os outros não me deixavam respirar e nem tô falando daquela coisa boa que deixa a gente sem ar e flutuando não.

Sempre fui inclinada a me sentir sufocada e também sempre foi muito espalhada na minha liberdade e minhas coisinhas, o que sempre me rendeu muitos finais como máscara de oxigênio. Com você é tudo tão real e bonito, que você nunquinha me pediu pra deixar de ir numa festa sábado à noite: eu que não quis.

Porque nenhuma festa ou programa do mundo era melhor do que ficar grudada, carrapatada em você. Mas eu sempre amei isso: você me deixar solta porque respeita o meu espaço e não por descuido. Você me deixar solta e me ter mais presa a você a cada dia, por livre, espontânea e deliciosa vontade.

E naquela vez que você teve medo de tudo isso e botou uma vírgula na gente, eu até tentei ficar com outros caras. Mais bonitos, mais fisicamente meu tipo, bem mais românticos sim. Tentei, mas não consegui, porque eu não amava os ombros de nenhum deles. Nem admirava, nem me sentia em casa, nem confiaria chorar minhas fraquezas para eles. Nem tanta coisa...

Te esperei quietinha, porque eu sabia que você não ia conseguir deixar morrer uma coisa tão rara e pura. Apostei que você não seria covarde a ponto de deixar nosso amor agonizando no chão. O jogo ainda não acabou, mas eu ganhei muito mais do que a aposta. Porque pras dúvidas que eu nem sabia que tinha, você é a resposta. E é por tudo isso que eu escolho, todos os dias, amar você!

(Hanna Marin and Caleb Rivers)